29 de ago. de 2010

Apenas uma história

"Mais perto quero estar meu Deus de ti
Inda que seja dor que me una a ti (...)
ei de suplicar mais perto quero estar 
Mais perto quero estar meu Deus de Ti"

Luana estava em um belo vestido floral escolhido pelo marido. Seu semblante sereno, dormia... O hino entoado pelo coral era o seu preferido, cantado  no dia que convertera ainda adolescente. Ela não ouvia, não cantava e não havia lágrimas rolando em seu rosto.
O culto fúnebre começara, a igreja estava cheia de amigos; parentes; colegas de trabalho; os pais de Luana, era filha única;os pais de Otton que o consolavam. O presbítero Josias aproximando dos caixões disse:
- Esta madrugada recebi a ligação de que Luana partira, mas no céu os anjos receberam - " Luana acabou de chegar".
Amados, o Senhor chamou para si Luana e seu filhinho, agora não podemos compreender os propósitos de Deus, mas, sua palavra nos diz "Eu é que sei que pensamentos que tenho a vosso respeito" e que " nossos dias foram contados e determinados."
O presbítero orou agradecendo pelo exemplo de serva que Luana era e sua dedicação na obra de Deus e que consolassem Consola e Mário, pais de Luana, e desse graça e força a Otton para prosseguir sua caminhada terrena.
Cenas da últimas horas ainda latejavam na cabeça de Otton - ambulância, hospital, desfibrilador, corre corre de enfermeiros... Ele e a esposa faziam planos para a chegada do bebê e agora apenas braços vazios sem esposa e filho.A gravidez complicara no sétimo mês, devido uma hipertensão gestacional que evoluíra para uma eclampse
Os médicos decidiram por uma cesária de emergência. Entretanto, mãe e filho não suportaram. luana teve três paradas cardiorrespiratória e não resistira, o bebê sobrevivera por apenas meia hora.
Otton chorando como menino, levantou aproximou-se do caixão tocando o rosto da amada e com a mão direita tocou o caixãozinho branco lacrado em que estava o filho. Respirou fundo e enxugou as lágrimas.
- Senhor, obrigado pelos três anos casado com Luana e pela gravidez tão desejada e vivida.
Houve um silêncio no tempo. Otton beijou os lábios da amada e prosseguiu cantando
" Lá está o meu tesouro, lá onde não há choro, onde todos cantaremos juntos" e todos acompanharam... "hinos de louvor ao Senhor! aleluia, aleluia, aleluia! hinos de louvor ao Senhor!"

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